Oncologista explica fatores de risco e a importância de identificar e acompanhar doenças digestivas
A obesidade também está associada ao risco aumentado de câncer de esôfago, pois facilita a ocorrência de refluxo gastroesofágico por um conjunto de razões mecânicas, como a elevação da pressão interna do estômago, além de níveis aumentados de hormônios e de mediadores inflamatórios que exercem efeitos facilitadores para a proliferação celular que pode originar tumores. O médico observa que, em fases iniciais, a doença pode não apresentar sintomas, e com a progressão da doença eles podem aparecer. “O principal sintoma em fase avançada é a dificuldade para engolir (“entalamento”), porém outros sintomas como a dor ou queimação na garganta ou no peito, náusea, vômitos, perda de apetite ou de peso, azia e queimação com frequência podem existir. Tosse ou rouquidão prolongados podem ser sintomas presentes. Se eles persistirem por vários dias é importante uma avaliação médica.” O exame que confirma o diagnóstico de câncer de esôfago é a endoscopia com biópsia, quando é retirada uma amostra de tecido que é enviada para análise pelo médico patologista. Tratamento – O tratamento do câncer de esôfago envolve uma abordagem multidisciplinar. É importante que desde o início o acompanhamento seja feito por cirurgiões especializados em operar câncer e em cirurgias de alta complexidade, e que o paciente também seja assistido pelo oncologista clínico e pelo radio-oncologista. A análise pormenorizada do caso de cada paciente permitirá à luz da melhor evidência científica disponível traçar o planejamento terapêutico com a adequada sequencia dos tratamentos visando às melhores possíveis taxas de sucesso e controle da doença. O acompanhamento adicional de nutricionista, enfermagem e psicologia são fundamentais para proporcionar um tratamento com maior possiblidade de sucesso, confortável e humanizado, refletindo em uma melhora da qualidade de vida. O tratamento mais frequentemente utilizado, associa a radioterapia e a quimioterapia, seguidos de cirurgia, principalmente quando o tumor for mais avançado e já houver risco de disseminação para outros órgãos. Estes tratamentos que complementam e potencializam a cirurgia, também tiveram grandes avanços, como o tratamento com radioterapia com feixe de intensidade modulada, que consegue combinar maior efetividade com menos efeitos adversos do tratamento. A quimioterapia também evoluiu, além da possibilidade da “terapia alvo” com medicações de nova geração como a imunoterapia que podem em determinados casos trazer um resultado superior. Testes moleculares, os biomarcadores estão disponíveis em alguns tumores e orientam a escolha de tratamentos, um recurso que permite identificar o câncer de forma individual, o subtipo do tumor que acomete o paciente, tornando o tratamento mais preciso e mais eficaz. Prevenção – Além de não fumar e beber em excesso, manter hábitos saudáveis, identificar sintomas e manter acompanhamento médico para a doença do refluxo gastresofágico, são medidas que podem auxiliar na prevenção do câncer de esôfago. “É importante evitar bebidas alcoólicas, consumir bebidas quentes como chimarrão, chá e café sempre em temperaturas inferiores a 60 °C, manter o peso corporal adequado e utilizar preservativo durante relação sexual são medidas recomendadas para prevenção de câncer de esôfago”. A prevenção do câncer de esôfago está diretamente correlacionada com os bons hábitos de vida. Os sintomas de alerta e azia persistentes devem ser avaliados pelo médico. Os profissionais da área da saúde em Oncologia se dedicam a proporcionar um tratamento digno, responsável e humanizado, refletindo em uma melhora da qualidade de vida e possibilidade de cura. As chances de cura aumentam muito, quando o diagnóstico é realizado precocemente. Sobre a Oncomed – MT – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia e unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radioterapeutas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br. |