Tendência em grandes centros urbanos do país, conveniências trazem comodidade a moradores e geram receita em cashback para condomínios
Já considerado um dos diferenciais no mercado imobiliário, os minimercados têm ganhado cada vez mais espaço em condomínios de Cuiabá, movimentando a economia local. Tendência no país potencializada pela pandemia de covid-19, as conveniências trazem comodidade aos moradores, que não precisam sair de casa para comprar itens essenciais, e geram receitas para os condomínios onde estão instalados.
Empreendendo na área há pouco mais de dois anos com a marca que criou, a “Ponto Certo”, Márcio Barbosa Lima conta que começou a estudar o nicho de comércio e serviços na pandemia. “Nesse período muita gente não podia sair de casa e ir até o mercado virou uma tarefa difícil. Nessa expectativa de aproximar os produtos dos clientes, comecei a enxergar uma possibilidade de investimento”. As franquias de conveniências foram as primeiras a serem estudadas por ele, que amadureceu a ideia e criou a própria marca.
Presente em seis condomínios de Cuiabá e Várzea Grande, entre eles o Chapada dos Lírios e Chapada dos Ipês, da MRV, empresa do Grupo MRV&CO, ele afirma oferecer um mix de produtos com preços compatíveis com pontos comerciais convencionais. “Nós fazemos a reposição diária dos produtos e investimos no tamanho dos freezers para contemplar frios e congelados. A ideia é levar mais praticidade aos moradores”. Lima revela que a expectativa é conseguir atingir o faturamento mensal líquido de R$ 35 mil.
Outra empreendedora a apostar na tendência, Mirian Fátima de Almeida conta que a ideia de investir nos minimercados veio da observação da demanda de residenciais com grande quantidade de imóveis. “Houve um estudo para entender as necessidades do mercado. Pensando em diferenciais, consegui implantar uma conveniência que incluísse padaria, algo pouco comum ao nicho”, comenta.
Hoje ela tem duas unidades sob o nome “Seu Mercadinho” em Cuiabá, no condomínio Chapada das Tulipas e no Chapada das Andorinhas, ambos construídos pela MRV na região do Jardim Imperial. Iniciou o negócio do zero, com um investimento de R$ 60 mil. Mirian explica que além da estrutura do mercado – que funciona em um container –, os custos da operação se concentram na manutenção, gerenciamento, consumo de energia elétrica e no repasse de cashback ao condomínio.
O valor em cashback é uma espécie de mensalidade paga pelos minimercados pela utilização do espaço, revertido em receita extra ao condomínio. No caso da empresa de Mirian, o repasse é de 8% sobre o faturamento líquido, acrescido de R$ 500,00 mensais a título de aluguel do espaço utilizado. Já na operação liderada por Márcio, a taxa é de 4,5% em cima do faturamento bruto.
Ariane Alves Souza, síndica de um dos condomínios, explica que o valor recebido é revertido em melhorias nos residenciais. “Algumas benfeitorias voluptuárias, que são aquelas que valorizam o condomínio e trazem mais conforto aos moradores, são realizadas sem a necessidade da aplicação da taxa extra aos condôminos”. Ariane cita a compra de tapetes para 20 blocos e manutenção de molas das portas de entrada como aquisições já custeadas com as contrapartidas do minimercado.
Acabou o açúcar? – A ida ao minimercado pelo menos três vezes na semana já faz parte da rotina de Isadora Marina Minarini. Moradora do condomínio Chapada dos Lírios, ela conta que o mercado atende suas necessidades, sobretudo de itens essenciais, que acabam faltando na tradicional lista de compra mensal no supermercado. “O condomínio fica um pouco mais afastado da avenida principal, onde estão concentrados os comércios. Ter o mercadinho dentro de casa, com certeza, traz mais comodidade. Economizamos tempo e ganhamos com a facilidade”.
Para a instalação dos minimercados dentro dos condomínios, é necessário aprovação em assembleia. Nessas reuniões, as propostas formalizadas por empresas são apresentadas e a escolha ocorre por meio de votação.
Tendência em alta – Com a popularidade crescente dessa solução ao consumidor em Cuiabá e Várzea Grande, construtoras já estão considerando incorporar o espaço das conveniências na concepção dos projetos. “Estamos acompanhando a tendência do mercado imobiliário e os minimercados estão entre os principais destaques. Há um movimento para que os projetos arquitetônicos passem a contemplá-los, considerando a topografia dos condomínios e a acessibilidade ao local”, explica a gestora de desenvolvimento imobiliário da MRV em Mato Grosso, Juliana Karkow.
Sobre MRV – Com 45 anos de mercado e o propósito de construir sonhos que transformam o mundo, a MRV é uma das cinco empresas que compõem o grupo MRV&CO. É considerada a maior construtora e incorporadora da América Latina, tendo como foco empreendimentos residenciais econômicos, com preços acessíveis para um público que busca o sonho da casa própria. A companhia já entregou mais de 500 mil chaves. Hoje, mais de 1,6 milhão de pessoas vivem em um imóvel construído pela MRV. Acesse e conheça mais sobre a companhia. www.mrv.com.br.
