Consultor e sócio da MD Commodities, Ismael Menezes abre o evento com análise de mercado; próximos dias trazem painéis sobre biológicos, pragas e doenças
O Master Meeting Soja 2025 deu a largada nesta terça-feira (8), reunindo grandes nomes do agronegócio brasileiro no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT). Com curadoria técnica e foco estratégico, o evento propõe uma imersão em temas como inovação, produtividade, mercado e sustentabilidade, com participação de especialistas da Embrapa, Unesp, Esalq/USP, UEM, Fundação Rio Verde, Fundação ABC e outras instituições de referência.
Assim como na Fórmula 1, onde cada segundo pode ser decisivo, o agronegócio de alta performance exige precisão, planejamento e tecnologia de ponta. Essa é a essência do encontro, que aposta na ciência e na inteligência de dados para antecipar tendências e conduzir o setor em um cenário de crescimento acelerado. Segundo o IBGE, a safra de grãos no Brasil deve atingir 322,6 milhões de toneladas em 2025, alta de 10,2% em relação ao ano passado.
“A proposta do Master Meeting é transformar conhecimento em valor aplicado. Um evento construído a muitas mãos, com mais de 100 pessoas envolvidas na organização, estrategicamente pensado para proporcionar conhecimento de qualidade e, acima de tudo, ação”, pontua Ivan Pedro, cofundador e pesquisador da Proteplan.
VISÃO DE MERCADO – A programação do primeiro dia trouxe análises de mercado, em destaque para a palestra de Ismael Menezes, consultor, economista e sócio da MD Commodities, que alertou como o clima comercial americano impacta nas cotações da soja e do milho.
“O milho hoje está sendo ‘disputado a tapa’ em Mato Grosso. O crescimento do etanol de milho e a demanda do setor pecuário colocaram pressão sobre a oferta. Isso muda o jogo e exige do produtor um olhar ainda mais atento aos ciclos de comercialização”.
Na soja, o cenário é igualmente promissor: com bandeira verde para o mercado, a comercialização já alcança 48% no país — e 57% apenas em Mato Grosso, sinal de que há espaço para aproveitar o bom momento, sem perder a leitura de mercado.
“Estamos diante de uma oportunidade ímpar para a soja, especialmente olhando para a safra 25/26. É hora de surfar a onda da valorização, mas com olhos na realidade. O produtor precisa de estratégia, de sensibilidade para entender o timing e, principalmente, de disciplina. Quem estiver bem informado, toma a frente e lidera”, enfatiza Menezes.
A tarde seguiu com painéis voltados à visão estratégica dos executivos André Savino (Syngenta), Gustavo Herrmann (Koppert), Graciela Mognol (BASF) e Edgar Zanotto (Grupo Vittia) que compartilharam cases e projeções para o agro nos próximos anos.
O que vem por aí – A programação segue intensa nos próximos dias, 09, 10 e 11, reunindo dezenas de especialistas de mais de 10 estados com painéis técnicos e estratégicos.
Hoje (9) o dia será marcado pelos painéis sobre biológicos e nematoides, com destaque para nomes como Wagner Bettiol (Embrapa), Fernando Andreote (Esalq/USP), Daniel Lage e Paulo Pacheco, ambos da Proteplan.
Na quinta (10), o foco será no manejo de pragas e doenças, com apresentações técnicas de Geraldo Papa (Unesp), Fernando Grigolli (Famiva) e Ivan Pedro (Proteplan). Os debates serão mediados por Carlos Freitas (SLC Agrícola) e Luana Belufi (Fundação Rio Verde).
Já na sexta-feira (11), a programação começa cedo com plantas daninhas, tema conduzido por Edivaldo Velini (Unesp), Aline Deon e Eliana Borsato, da Fundação ABC. O encerramento será marcado pela palestra inspiradora de João Branco, ex-CEO do McDonald’s Brasil, com o tema “Leve o coração para o trabalho”.
Sobre a Proteplan – A empresa tem como missão desenvolver soluções integradas na agricultura e difundir conhecimento técnico e experiência para a cadeia produtiva. Contribui com o desenvolvimento da agricultura de forma sustentável, respeitando as boas práticas agrícolas e visando rentabilidade nas diversas culturas de atuação. Possui duas estações de pesquisas a campo, localizadas em Sorriso e Campo Verde, Norte e Sul de Mato Grosso, respectivamente, fortes polos agrícolas brasileiros.
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