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publicado em 13 de outubro de 2022

Esgoto doméstico produzido em Cuiabá vira adubo e será destinado de forma gratuita à agricultura familiar

A água utilizada no dia a dia vira esgoto e o lodo, produzido a partir dele, pode se transformar em adubo sustentável. O projeto “Biolodo – transformando lodo em adubo”, realizado pela Prefeitura de Cuiabá, Águas Cuiabá e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT), foi lançado nesta terça-feira (04), no Assentamento 21 de Abril, zona rural da Capital.

A iniciativa é inédita em Mato Grosso e destina, gratuitamente, o produto para a agricultura familiar, contribuindo para a redução de custos com a compra de adubo químico e aumento da produtividade. Com isso, as estações de tratamento de esgoto de Cuiabá farão todo o processo que transforma o lodo em biossólido, chamado também de adubo sustentável. Atualmente, a Águas Cuiabá tem 50 toneladas prontas para ser entregue.

Para o prefeito em exercício José Stopa, a iniciativa traduz o compromisso da gestão Emanuel Pinheiro com os pilares sociais da sustentabilidade e da inovação. “O que se inicia com o consumo da água tratada na torneira, pelos usuários da rede pública de abastecimento, agora se transforma, ao final do ciclo, num produto que pode auxiliar a diversas famílias que vivem da terra. Isso é inclusão, isso é cidadania”.

O projeto piloto receberá o total de cinco toneladas de biossólido e a previsão é produzir 27 toneladas por dia, que serão entregues às famílias. O chamado biossólido, o lodo resultante do processo de tratamento do esgoto sanitário doméstico, devidamente tratado, é rico em nutrientes e traz benefícios à produção rural, sendo apto a substituir, em parte, o uso de adubos químicos. O projeto é cientificamente embasado e aprovado pelos órgãos ambientais.

A Prefeitura acompanhará o cadastramento dos produtores rurais, que precisarão apresentar projeto agronômico e prestar contas do uso do insumo. Entre os critérios de seleção estão a adoção de práticas de conservação de solos, aplicação do biossólido a uma distância mínima de 100 metros de poços, minas, áreas residenciais e de frequentação pública, assim como o respeito aos limites de matas ciliares.

De acordo com o diretor-geral da Águas Cuiabá, William Figueiredo, a iniciativa une sustentabilidade e produtividade. “Estamos falando de uma destinação segura de resíduos sólidos, exaltando a sustentabilidade na prática. Foram quatro anos de preparação, levantando as melhores práticas ambientais e toda uma equipe multiprofissional envolvida. Estamos muito satisfeitos em fazer mais uma entrega importante à sustentabilidade na região”, destaca Figueiredo.

PROCESSOS DE TRATAMENTO

Todo o esgoto coletado das residências conectadas à rede pública de saneamento é canalizado até estações de tratamento de esgoto (ETE’s), onde é submetido a processos físicos, químicos e biológicos. O lodo de esgoto gerado em todo esse processo de tratamento é repleto de microrganismos, que se multiplicam rapidamente. O material é processado para que o odor seja reduzido e microrganismos patogênicos (que provocam doenças) sejam eliminados.

“Com toda essa técnica em tratamento envolvida, chegamos assim a um produto com uso benéfico na agricultura, seguro para as pessoas e para o meio ambiente. O biossólido é rico em matéria orgânica e possui uma quantidade significativa de nutrientes, como molibdênio, magnésio, nitrogênio, fósforo, ativos importantes à fertilidade dos solos”, pontua Julie Campbell, diretora de operações da concessionária.

O aproveitamento do biossólido em áreas agrícolas segue requisitos ambientais e agronômicos normatizados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). Essas normas proíbem o uso direto para cultivo em hortas, tubérculos, raízes, culturas inundadas e culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo. O uso é apto em culturas como a fruticultura, feijão, milho e para a adubação de pastagens.

Sobre a Águas Cuiabá – Por meio de concessão plena, iniciada em 2012 e com validade de 38 anos, a concessionária assumiu os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na capital mato-grossense em 2017. A empresa atende 605 mil pessoas e tem como objetivo universalizar o acesso da população à água de qualidade e à coleta e tratamento de esgoto. Pertencente ao Grupo Iguá, que está presente em 39 municípios brasileiros e alcança 7,1 milhões de pessoas com o compromisso de ser a melhor empresa de saneamento para o Brasil.

Sobre a Iguá Saneamento: Companhia controlada pela IG4 Capital, a Iguá atua no gerenciamento e na operação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário por meio de concessões e parcerias público-privadas. Uma das principais empresas do setor no país, está presente em 39 municípios de seis estados brasileiros – Alagoas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraná – com 20 operações que beneficiam pouco mais de 7 milhões de pessoas. Signatária da Rede Brasil do Pacto Global (iniciativa da Organização das Nações Unidas), a companhia aderiu aos movimentos +Água, Elas Lideram 2030 e Net Zero do programa Ambição 2030, além de se comprometer publicamente, junto ao Science Based Target initiative (SBTi), com a redução das emissões de carbono até 2030. Também assumiu o compromisso empresarial brasileiro para a biodiversidade, do CEBDS em parceria com o wbcsd. Recebeu pela Climate Bonds Initiative (CBI) a certificação do primeiro título verde da América Latina para infraestrutura hídrica. Em 2022, entrou no ranking das 150 empresas mais inovadoras do Brasil de acordo com o Valor Inovação Brasil, e pelo segundo ano consecutivo esteve posicionada no primeiro quartil no ranking internacional do GRESB Assessment. E em 2021 foi eleita, pelo quinto ano consecutivo, uma ótima empresa para se trabalhar pela consultoria Great Place to Work (GPTW). www.igua.com.br