“O óleo acaba criando uma camada adesiva que se une a outros materiais, causando o entupimento das tubulações e consequente extravasamentos nas vias públicas. Esse acúmulo também acaba danificando os equipamentos utilizados no transporte do efluente, como no caso das estações elevatórias de esgoto e nas estruturas responsáveis pelo tratamento”, explica Guilherme Silvestrin, gerente operacional da Águas Cuiabá.
Além do impacto físico nos equipamentos e estruturas, a ação do descarte irregular também compromete o tratamento do esgoto de forma biológica. “Temos na operação algumas estruturas que nos auxiliam na retirada desses resíduos como a caixa de gordura, existentes nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), mas nem sempre conseguimos retirar toda a substância. Quando isso acontece, os microrganismos que atuam na decomposição da matéria orgânica são impactados, prejudicando assim, o processo de tratamento biológico do esgoto”, observa André Borges, gerente de tratamento da Águas Cuiabá.
Óleo e Meio ambiente – O hábito do descarte irregular do óleo de cozinha também é altamente prejudicial ao meio ambiente. Comprometendo diversos ecossistemas, a gordura chega aos mananciais e fica retida na superfície dos rios, impedindo a entrada de luz e oxigênio, causando a morte de várias espécies aquáticas. No solo, o resíduo provoca a sua impermeabilização, impedindo que a água se infiltre, propiciando enchentes e alagamentos.
Projeto LEVO – Você sabia que Cuiabá possui quatro pontos de coleta para óleo de cozinha usado? Localizados nas lojas de atendimento da concessionária do Centro, no CPA 2 e Coxipó e na Sede da empresa, no bairro Carumbé, o óleo é coletado por meio do projeto Local de Entrega Voluntária de Óleo (Levo) em parceria com a Biofour Reciclagem. O resíduo é reciclado e pode ser utilizado na produção de resina para tintas, sabão, detergente e biodiesel.
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