Embrapa Soja e ABRASS firmam termo de cooperação para aprimorar processos na cadeia de soja no Brasil; encontro nacional segue nesta terça-feira (14), em Mogi das Cruzes
Por Juliana Scardua
Íntegra Comunicação Estratégica/Assessoria de imprensa ENSSOJA
Desenvolver cultivares adaptadas aos diferentes microclimas segue demandando esforços, investimento e dedicação de pesquisadores, obtentores e multiplicadores de sementes de soja no Brasil e no mundo. Na outra ponta da cadeia, o papel do sojicultor, quem planta, cultiva e colhe, é essencial para que todo o vigor e qualidade da principal matéria-prima da atividade se expresse em milhões de sacas da oleaginosa ao final da safra.
A estimativa é que a safra 2021/2022 atinja uma produção de 271,3 milhões de toneladas de grãos, 124,3 milhões delas de soja, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “O sucesso da lavoura depende da qualidade da semente utilizada. Mas não só dela: depende também das técnicas de produção, em processos permanentemente aprimorados, e do bom sistema de controle de qualidade”, adverte José Barros França Neto, da Embrapa Soja.
A instituição, referência na América do Sul, e a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) selam termo de cooperação para o desenvolvimento de processos de padronização junto às indústrias de sementes instaladas no país. A parceria foi anunciada oficialmente no 2º ENSSOJA, Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja. O evento segue nesta terça-feira (14), em Mogi das Cruzes (SP), reunindo cerca de 300 participantes, entre especialistas em genética, biotecnologia e lideranças da cadeia produtiva.
“Não é justo que o agricultor receba uma semente cuja qualidade não esteja à altura do investimento. Nós queremos entregar, sempre, credibilidade ao sojicultor. Esse é o nosso compromisso com a cadeia da soja no Brasil. Teremos uma extensa pauta de trabalho conjunto, com esse propósito”, declara o presidente da ABRASS, Gladir Tomazelli.
Adaptação e evolução – França Neto ressaltou, na abertura do segundo dia do ENSSOJA, o protagonismo da pesquisa científica e do produto rural no processo de evolução da soja no Brasil, destaque mundial na produção da oleaginosa. O pesquisador lembra que, conceitualmente, a semente de soja é uma unidade de produção, matéria-prima para que se chegue a uma planta de alto desempenho agronômico. Até lá e também na colheita, transporte e armazenagem, investimento e cuidado são indispensáveis.
“A soja vem da China, um país de clima temperado. Obviamente, tudo teve que ser desenvolvido, em tecnologia, para adaptar a soja para o clima tropical e subtropical. Associado a isso, semente tem que ter um bom controle de qualidade. Tudo está amarrado: semente é uma matéria-prima que inicia todo o processo agropecuário. Centenas e centenas de pessoas e profissionais foram envolvidas nesse desenvolvimento”.